Normalmente, para consertar problemas com luzes e mechas que não agradaram, usa-se um tonalizante para cobrir a cor indesejada. Tinta em cima de tinta jamais pode ser usado. Lucineidy Melo, do Walter's do Rio Design Barra, no Rio de Janeiro, lembra: "É importante procurar um colorista, esse tipo de profissional é o mais indicado para resolver a questão".
Lucineidy alerta: "Se a pessoa compra um tonalizante na farmácia, a cobertura pode não ficar tão boa quanto o que um produto profissional proporciona. Aí, para consertar, fica ainda mais difícil e, provavelmente, mais caro. Não vale o risco". Ela lembrando que o preço médio de uma coloração na rede de salões fica em torno de R$ 188.
Roger Dutra, hairstylist do centro de beleza Badós X, na Barra da Tijuca, tranquiliza: "Hoje em dia, existem tinturas tonalizantes que não têm oxidação e são verdadeiros tratamentos. Se a cliente não gostou do resultado final, podemos brincar com o tom sobre tom dos fios, sem causar prejuízos".
A hairstylist Sonia Nesi, do Studio de Beleza Sonia Nesi, no Rio, é direta: "A regra número um é não mexer, a pessoa deve procurar um profissional bem capacitado para interferir no estrago. Caso contrário, o prejuízo financeiro, e até de saúde, pode ser ainda maior".
Diálogo é tudo
Não adianta, tem que conversar com o cabeleireiro e estar disposta a ouvir a verdade. "Muitas vezes a cliente chega com uma revista debaixo do braço querendo a mesma cor do cabelo de uma atriz famosa. Mas, dependendo do tom desejado e do estado em que os fios se encontram, é impossível chegar àquele resultado", reforça Lucineidy, do Walter's.
O colorista vai explicar aonde é possível chegar, assim você não se arrepende depois. Se as luzes ficarem muito claras, a solução pode ser fazer mechas invertidas, o que harmoniza o visual. Importante não descuidar dos tratamentos coadjuvantes: hidratação, cauterização, aplicação de vitaminas.
Waleska Zanyor, da Academia Werner, pondera: "Antes de qualquer serviço, o ideal é analisar o fio. Para colorir, cortar, relaxar, é sempre bom pedir conselho a um profissional, que saberá dizer o que fará bem e o que fará mal para o cabelo."
Espichou?
Sonia Nesia afirma: "Quando o alisamento detona os fios, o erro pode ter sido do hairstylist, afinal, ele sempre deve analisar a saúde da fibra e verificar se o cabelo pode receber alguma química". Caso o estrago já tenha sido feito, cabe à cliente recuperar as madeixas com reestruturação, cauterização, hidratações. E manter essa rotina de tratamentos.
Se porventura acontecer do fio partir, ficar sensibilizado e sem brilho, será necessário o uso de produtos para recuperar, fortalecer e dar vitalidade. "Só depois é que se pode pensar em colocar uma nova química. Nesse caso, o serviço de corte também ajuda a valorizar o visual", acredita Waleska.
Depois de um alisamento, há quem reclame que os fios estão muito chapados e correm para fazer corte em camadas. Cuidado! "Para quem tem os cabelos enrolados e faz uma escova definitiva, o corte em camadas pode deixar os fios ainda mais espigados", diz a hairstylist do Walter's. Portanto, para quem quer alisar o ideal e deixar os fios mais retos antes do procedimento.
"Caso o problema seja a perda da naturalidade após o alisamento, a cliente pode, em casa, dar um movimento às pontas com um babyliss ou com a piastra. Já fica com outra cara", complementa.
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